Determinação Cromossômica
A característica fundamental da vida é a reprodução; existem dois tipos: reprodução assexuada, onde um único indivíduo transmite a seus descendentes um conjunto gênico idêntico ao seu; e a reprodução sexuada, onde a cada geração, ocorre mistura entre os genes de origem materna e de origem paterna.
Em 1891, Hermann Henking observou uma estrutura peculiar nos núcleos de células de insetos machos. Não entendendo nem sua função nem sua relação com o sexo, ele chamou essa estrutura de corpúsculo X. Clarence E. McClung estudou o corpúsculo X de Henking em gafanhotos e reconheceu que era um cromossomo. McClung o chamou de cromossomo acessório, mas ele acabou se tornando conhecido como o cromossomo X, pela descrição original de Henking. McClung observou que as células das fêmeas de gafanhotos tinham um cromossomo a mais que as células de gafanhotos machos, e concluiu que os cromossomos acessórios tinham um papel na determinação do sexo. Em 1905, Nettie Stevens e Edmund Wilson demonstraram que, em gafanhotos e outros insetos, as células das fêmeas tinham dois cromossomos X, enquanto as células dos machos tinham um só X mais um cromossomo menor, que chamaram de Y.
Steves e Wilson também mostraram que os cromossomos X e Y se separaram em células diferentes na formação dos espermatozóides. Metade dos espermatozóides recebe um cromossomo X, e metade recebe um Y. Todos os ovócitos produzidos pela fêmea na meiose recebem um cromossomo X. Um espermatozóide contendo um cromossomo Y se une a um ovócito contendo um X para produzir um macho XY, enquanto um espermatozóide contendo um cromossomo X se une a um ovócito X para produzir uma fêmea XX. Como o sexo é herdado como outras características geneticamente determinadas, Stevens e Wilson descobriram que o sexo está associado à herança de um cromossomo particular, e também demonstraram que os genes estão nos cromossomos.