Identificação do Princípio Transformante
Primeiro experimento a fim de identificar o DNA como material genético:
(Experimento de Oswald Avery)
Dezesseis anos após o trabalho de Griffith, (Oswald Avery, Colin Mac Leod, Mac Lyn e Mac Carty) relataram a repetição com sucesso ao trabalho anterior, mas in vitro, e conseguiram identificar o princípio transformador ou a substância química que promove a transformação:
A maioria dos cientistas dizia que o responsável pela transferência de material genético entre as células era as proteínas.
Mas após repetir a experiência muitas vezes, entre 1932 e 1944, Avery provou que era o Ácido Desoxirribonucléico (DNA) é o responsável pela transferência de material genético entre células num processo chamado "transformação".
A descoberta sugeria que o DNA seria o material genético básico da célula, fato que veio a ser confirmado por cientistas posteriores. O trabalho de Avery inspirou várias pesquisas sobre a estrutura do DNA, agora conhecida como código genético.
Fonte: https://www.icb.ufmg.br/big/big623/dna.pdf
Figura 3: Experimento de Oswald Avery in vitro, através do qual ele conseguiu identificar o princípio transformador ou a substância química que promove a transformação.
Fonte: https://profiles.nlm.nih.gov/CC/A/A/L/P/
Figura 4: Imagem de Oswald Avery.
Segundo experimento a fim de identificar o DNA ou proteínas como material genético:
(Experimento de Hersey e Chase)
Experimento de Hershey e Chase 1952: Evidência adicional indicando que o DNA é o material genético resultou de um estudo com o bacteriófago (fago) T2 do qual foi conduzido por Alfred Hershey e Martha Chease.
Fonte: https://www.brasilescola.com/biologia/reproducao-dos-virus-dna.htm
Figura 5: T2 bacteriófago (fago) que infecta a bactéria Escherichia coli.
Como o fago se reproduz:
1-) Liga-se a parede externa de uma bactéria e injeta seu DNA na célula.
2-) DNA se replica e comanda a célula para sintetizar a proteína do fago.
3-) DNA do fago fica encapsulado dentro das proteínas, gerando os fagos da prole que arrebicam a célula e escapam.
Biólogos não compreendiam exatamente como os fagos se reproduzem, eles sabiam que:
- Fago consiste em 50% proteínas e 50% de ácido nucléico.
- Fago infecta uma célula ligando-se a parede celular, fagos da prole são produzidos dentro da células.
- Prole leva as mesmas características que o Fago infectante, então o material genético do fago infectante deve ser transmitido para a prole. Mas como tudo isso ocorre não era conhecido.
Fonte: https://grasielabioblog.blogspot.com/feeds/posts/default
Figura 6: Representa os modos de reprodução de uma bactéria.
Hersey e Chase fizeram uma série de experimentos para determinar se a proteína do fago ou o DNA do fago era transmitido na reprodução do fago.
Passo a passo como ocorreu o experimento de Hersey e Chase:
Passo 1: Cultivaram o fago T2 em dois meios separados:
O primeiro meio continha enxofre radioativo 35S, que era absorvido pelos vírus em sua cápsula de proteína.
O segundo meio continha fósforo radioativo 32P, que era absorvido pelo vírus em seu DNA.
Passo 2: Bactéria E.coli foram infectadas pelos fagos contendo ou suas proteínas, ou o seu DNA marcados com isótopos radioativos
Tanto no primeiro quanto no segundo meio foram adicionados junto aos fagos radioativos células de E.coli. Passado alguns minutos as células bacterianas já estavam infectadas pelos fagos.
Passo 3: Nos dois meios as células infectadas que ainda tinham acopladas em si os fagos radioativos foram submetidas a forças desagregadoras com baixa velocidade em um misturados, portanto as cápsulas dos fagos foram separadas das células e as partículas dos fagos suspensas.
No primeiro meio a maior parte da radioatividade (e logo as proteínas) podiam ser removidas das células sem afetar a reprodução da prole dos fagos.
No segundo meio toda a radioatividade (e logo o DNA) se encontrava dentro das células de E.coli, isto é o DNA não era removido pela desagregação no misturador.
Resultado: Indica que o DNA do vírus entra na célula hospedeira, enquanto a capa de proteína fica fora da célula, como a prole do vírus é produzida dentro da célula, os resultados indicam que a informação genética que dirige a síntese tanto das moléculas de DNA quanto das capas de proteína da prole viral devem estar presente no DNA parental. Além disso, demonstrou-se que as partículas da prole continham parte do 32P, mas nenhum 35S do fago parental.
Fonte: https://www.esec-odivelas.rcts.pt/BioGeo/ficha_trab2.htm
Figura 7: Na experiência de Hersey e Chase, foram cultivados vírus em dois meios separados: um deles contendo fósforo radioativo que era absorvido pelo DNA e o outro contendo enxofre radioativo que era absorvido pela proteína, após a bactéria ser infectadas com esses dois tipos de vírus, somente o fósforo foi encontrado nas mesmas, provando que as proteínas eram, descartadas e o DNA era o único material genético.
Fonte: https://www.uic.edu/classes/bios/bios100/summer2003/chase.htm
Figura 8: Imagem de Martha Chase (1930- ) e Alfred Hershey (1908 - 1997)
no laboratório em 1953
IMPORTANTE: Houve uma falha na prova de Hershey e Chase ao afirmar que o material genético do fago F2 era o DNA, pois foi encontrada uma quantidade significativa de 35S (logo proteína) no DNA das células hospedeiras, após a infecção dos fagos na célula das E. coli ai, portanto foi questionado se esta pequena fração de proteínas do fago continha algum tipo de informação genética.
EXPERIMENTO DE TRANSFECÇÃO:
Recentemente cientistas, desenvolveram experimentos, nos quais células com paredes removidas (protoplastos) de E. coli foram infectadas com DNA puro dos fagos, porém nesses experimentos foi produzida uma prole normal de fagos infectivos, chamados experimentos de transfecção, provando assim que o material genético de tais vírus bacterianos é o DNA.