Transcritos Primários Eucarióticos Contém Sequências Intercalares (Introns)
A maioria dos transcritos primários de eucariontes superiores contém sequências intercalares não traduzidas (íntrons), que interrompem a sequência codificante e são removidos na conversão do transcrito primário em RNAm. A quantidade de RNA descartado varia de 50% a mais de 90% do transcrito primário. Os segmentos restantes (éxons) são unidos para formar as moléculas completas de RNAm. A remoção dos íntrons e a formação da molécula final de RNAm pela união dos éxons são chamadas de recomposição (splicing) do RNA.
O número de íntrons por gene varia, e não é o mesmo em todos os organismos para uma determinada proteína. Eles têm tamanhos diferentes e são maiores que os éxons.
Os íntrons precisam ser removidos com precisão para produzir um RNAm com o código exato para permitir tradução em um produto funcional
A recomposição ocorre no núcleo e em alguns casos começa em um RNA que está sendo alongado pela RNA polimerase. Ela é feita após a transcrição e a adição de poli (A) terem sido completadas.
O processo de recomposição do RNA ocorre em uma estrutura separada chamada spliceossomo. Os spliceossomo se formam nos locais de corte por interações com várias ribonucleoproteínas nucleares pequenas chamadas snRNP . Um componente importante de uma snRNP é pelo menos um pequeno RNA nuclear (snRNA). Cada snRNP tem uma função separada. O snRNA U1 com 165 nucleotídeos liga-se à sequência de concenso na ponta 5’ de um íntron, enquanto o com snRNP U5 alinha as duas sequências de éxons que devem ser ligadas. Estas snRNP colocam as duas junções em grande proximidade no spliceossomo, que tem atividades enzimáticas que desempenham o processo complexo de cortar as sequências de íntron e unir os dois segmentos de éxon.
Figura 14: Splicing (processo de recombinação do RNA).